terça-feira, 1 de abril de 2008

B

Deixei de olhar, mas não de sonhar
deixei de te procurar, não de te amar.
Continuo a escrever assim cada verso
contigo no meu reverso.

Olho-te de novo, bem dentro de mim,
como torrente sem fim, num rio a correr,
em que a água não serve para levar
e o desassossego vem de novo trazer.

Podiamos nadar, talvez navegar,
ou é melhor que naufragues, e eu,
que nem sequer sei nadar,
fique na margem, perto do teu céu.

1 comentário:

Rita disse...

A primeira pessoa que exprimiu aquilo que eu sinto!