sexta-feira, 7 de março de 2008

A



Guardei comigo a tua mão,
a mesma que um dia me abraça,
e no outro me diz que não,
aquela mesma - à qual eu acho graça.

Podia falar de amor, cantar...
- quem sabe se o consigo escrever -
mas não... fico só a sonhar
com o momento em que te hei-de ver.

Aí também tu me verás,
amada minha, negra flor,
e de contemplar haverás,
o suave perfume do nosso amor.



quarta-feira, 5 de março de 2008

Porquê

Porque as horas são longas...
Porque os olhares são muitos,
os pensamentos infindos,
e as horas tantas vezes mortas...

E nessa vida oculta,
de suspiros renegados,
de sentimentos calados,
e outros assim terminados

escrevo, em linhas desiguais,
quantos suspiros e ais
servem para marcar este ritmo, de olhares
em verso, ocultanto o meu reverso.