As palavras que escrevo agora
Não as escrevo por mim.
E não são apenas para mim.
Entram num ciclo sem fim
De ideias, sonhos e pesadelos
De todos os que as disseram na aurora
De um dia, no qual, ao entardecer,
Eu as ouvi, para depois as alinhar
Fazendo que fui eu que as inventei
Como agora aqui as deixarei
Para que hoje tu as possas ler
E por elas de novo sonhar,
Aquilo que eu quis inventar,
Mas, mesmo assim, sem as ver.
Braga, 7 de Maio de 2009.